Canais transmitem pirataria pelo YouTube Ao Vivo

O YouTube tem uma das melhores ferramentas anti-pirataria da web, tendo a habilidade de reconhecer músicas e vídeos por meio de algoritmos avançados.

Em outros casos, o serviço ainda é capaz de encontrar conteúdo terrorista com altíssimas taxas de precisão com sua tecnologia de inteligencia artificial.

No entanto, no que se refere a plataforma de vídeos ao vivo, conhecido como “YouTube Ao Vivo”, algo não parece funcionar como o esperado.

Google Discovery flagrou duas transmissões com conteúdo pirateado na página inicial do YouTube, com quase 11 mil pessoas assistindo no total.

É fato que o sistema anti-pirataria do YouTube não funciona sem uma amostra por parte dos detentores de direitos autorais, mas este é um caso explícito.

Desde 2012, o Google pune sites com conteúdo pirata e até remove de sua busca em alguns países. Será que a empresa tomará alguma ação contra a sua própria divisão?

Disponível em: <https://googlediscovery.com/2017/08/25/canais-transmitem-pirataria-pelo-youtube-ao-vivo/. Acesso em: 27 ago. 2017.

Google, marcas d’água e a paranoia das fotos roubadas na internet

A grande notícia da semana passada, e que deixou muita gente apavorada (a meu ver sem motivo) foi a divulgação de uma pesquisa do Google dizendo que a remoção de marcas d’água em fotografias postadas na internet pode ser feita facilmente utilizando programas que utilizam algoritmos de inteligência artificial. E qual foi o alvo dos testes do Google? Fotos publicadas pelos grandes bancos de imagens que encontramos na internet, entre eles a Adobe Stock, Fotolia e CanStock.

O documento que foi apresentado durante a Conferência 2017 sobre visão computacional e reconhecimento de padrões se chama “On The Effectiveness Of Visible Watermarks”, e trabalha com uma teoria bem simples. O algoritmo desenvolvido pelo pessoa do Google trabalha separando a marca d’água da foto com o se fossem duas camadas. Depois ele trata a marca como uma sujeira da foto e vai lixando ela até que desapareça. Claro que o processo é mais complicado e técnico do que essa minha explicação e se você quiser saber melhor é só dar uma olhada no documento oficial.

O pessoal do Google não quis sacanear ninguém. O objetivo era apenas mostrar que uma medida de segurança utilizada por quase todo fotógrafo que quer proteger a sua obra, pode ser facilmente retirada. O legal é que eles também colocam algumas propostas para que os programas não reconheçam os padrões das marcas d’água, o que tornaria mais complicada a sua eliminação. Infelizmente, eu tenho uma péssima notícia para vocês: não vai dar certo.

Sim, sempre vão existir meios de eliminação de marcas d’água e sempre vai existir pessoas dispostas a eliminar essas marcas para utilizar uma imagem. E qual o motivo de utilizarmos marcas d’água em uma foto? No caso dos bancos de imagem é para que ela não seja utilizada sem a devida remuneração. No caso dos fotógrafos é uma assinatura, uma forma de ser reconhecido como autor da foto, uma forma de marketing.

Infelizmente a internet ainda funciona assim. Muita gente acha que o fato de uma imagem estar na rede torna ela de domínio público. Pode ser copiada, modificada e utilizada das mais diferentes maneiras. Mas, não funciona assim. Ela tem um dono que deve ser consultado e remunerado dependendo do uso da imagem. Até fins não comerciais não estão livres dessa autorização que é garantida por lei. Temos no Brasil uma das melhores legislações de direitos autorais do mundo e, quando ela é quebrada, a solução mais simples é mandar o processinho. Já vi gente retirando logomarca com photoshop e cliente borrando ou cortando fora de maneira amadora a marca do fotógrafo.

Hoje eu desencanei disso tudo. Se descobrir uso indevido eu processo e pronto. Quase impossível o fotógrafo perder um processo desse tipo, só é preciso comprovar sua autoria e que a imagem foi utilizada sem autorização. Hoje eu só coloco marca d’água em imagens que foram vendidas e o cliente vai utilizar para divulgação em redes sociais. Os trabalhos autorais eu não utilizo mais assinatura. Fica esquisito na imagem, chama muita atenção e quebra o objetivo de contemplação do trabalho.

Infelizmente, a maneira mais segura de não ter uma imagem utilizada sem autorização é não colocando ela na internet. Quanto antes você aceitar que não existe forma de controle, mais feliz você será no mundo digital.

Disponível em: <http://meiobit.com/370803/google-algoritmo-retira-marcas-dagua-a-paranoia-das-fotos-roubadas-na-internet/>. Acesso em: 23 ago. 2017.

Direitos autorais no WLIC 2017 da IFLA

Entre os dias 19 e 25 de agosto de 2017 acontece o World Library and Information Congresso da IFLA em Wroclaw, na Polônia.

No que se refere aos direitos autorais, três sessões abordarão o tema. Abaixo segue uma tradução não oficial em português da notícia publicada pelo Copyright and Other Legal Matters (CLM) da IFLA com a descrição dessas sessões.

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O Programa Estratégico do Copyright and Other Legal Matters (CLM) representa a voz internacional da comunidade de bibliotecas em direitos autorais e outras questões legais.

O CLM defende fortemente a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO), Genebra, por um padrão internacional mínimo de exceções e limitações ao direito autoral, ao lado de organizações parceiras. Mais informações sobre os resultados do último Comitê Permanente de Direitos Autorais e Direitos Conexos (SCCR) na OMPI podem ser encontradas aqui.

A CLM também atua em questões relacionadas a barreiras econômicas e legais à aquisição e uso de recursos de biblioteca e serviços efetivos de biblioteca, assinatura e contratos de licença, questões legais relevantes para acesso mais amplo ao conhecimento, em particular online e uma ampla gama de outros assuntos legais de importância internacional para as bibliotecas e a Biblioteconomia.

No Congresso Mundial de Bibliotecas e Informação (WLIC), em Wroclaw, Polônia, os membros do Comitê CLM organizaram as sessões abaixo:

Últimas notícias – Problemas “quentes” e desafios emergentes em direitos autorais – Direitos autorais e outros assuntos legais (SI) (Sessão 119), segunda-feira, 21 de agosto, 16:00 – 18:00, Tribunal Principal (SI)

Esta sessão oferecerá um curso intensivo nos principais argumentos e problemas para direitos autorais nas bibliotecas de hoje. À medida que as discussões tornam-se acirradas, tanto dentro como fora das legislaturas, sobre a melhor maneira de manter as leis atualizadas com as tecnologias digitais, a primeira metade dessa sessão perguntará se a negociação justa ou o uso justo – exceções mais flexíveis com base em princípios e não estritamente em regras aplicadas – são a melhor resposta. A segunda metade se concentrará em questões que provavelmente atrairão cada vez mais atenção no próximo ano, graças a mudanças políticas, legais e tecnológicas.

Presidente: Winston Tabb (Johns Hopkins University, Estados Unidos)

16:00 – 17:00 – Debate: uso justo/negociação justa é a exceção de direitos autorais mais útil para bibliotecas

  • Victoria Owen (Library, University of Toronto Scarborough, Canada)
  • James G. Neal (Columbia University, United States)
  • Denise Nicholson (Scholarly Communications and Copyright Services Office University of the Witwatersrand, South Africa)
  • Jessica Coates (Australian Libraries Copyright Committee e Australian Library and Information Association, Austrália)

17:00 – 18:00 – Problemas emergentes

  • Ancillary Copyright, Armin Talke (Berlin State Library, Germany)
  • The Court of Justice of the European Union Ruling on E-Lending, and its Impact in Europe and Beyond, Vincent Bonnet (European Bureau of Library, Information and Documentation Association (EBLIDA), Netherlands)
  • 3D Printing and Libraries, Agnieszka Koszowska

Modelos para a educação sobre direitos autorais em programas de alfabetização da informação – Direitos autorais e outros assuntos legais com alfabetização da informação (Sessão 184 / Off-site 8), quarta-feira, 22 de agosto*, 8:30 – 15:30, fora do local 8, Universidade da Baixa Silésia, Strzegomska 55, 53-611, Wrocław, Polônia

O objetivo deste evento de um dia é discutir modelos de educação sobre direitos autorais, licenciamento e outros assuntos legais no âmbito dos programas de alfabetização de informação. A sessão terá foco em métodos eficazes de ensino de toda a gama de questões de direitos autorais e licenciamento para bibliotecas, pesquisa e publicação, e educação: direitos exclusivos, duração de direitos autorais, limitações e exceções, direitos autorais digitais, licenciamento no ambiente digital, aplicações da lei nacionalmente, o sistema internacional de direitos autorais e o quadro legal para o licenciamento de acesso aberto. A sessão fora do local será dedicada a metodologias para fornecer um conhecimento abrangente do cenário legal para direitos autorais, licenciamento e questões legais e políticas relacionadas às bibliotecas e universidades. O registro para a sessão fora do local está disponível para os participantes da conferência WLIC 2017 sem custo adicional, mas requer registro. Um distintivo WLIC será necessário para entrar no local do programa. O registro para esta sessão fora do local está aberto de 1 de maio a 15 de julho de 2017 ou até a sessão estar cheia. A capacidade é limitada a 100 participantes. Para registro e para obter mais informações, acesse: https://uwm.edu/informationstudies/research/partnerships/models-for-copyright-education/

Estar aberto sobre o aberto – Bibliotecas acadêmicas e de pesquisa, FAIFE e direitos autorais e outros assuntos legais (Sessão 232), quinta-feira, 24 de agosto, 10:45 – 12:45, Sala de Conferência IASE

As publicações “acesso aberto” representam uma parcela crescente da produção acadêmica total, e o princípio de que os resultados de pesquisa devem ser livres para leitura é cada vez mais aceito pelas instituições e governos. No entanto, este ainda é um campo de desenvolvimento rápido, com questões como a efetividade, sustentabilidade financeira e como garantir que ele realize seu potencial para assegurar que a pesquisa certa possa chegar às pessoas que precisam diela. Esta sessão irá considerar uma variedade de perspectivas, e alimentar a discussão sobre o que mais pode ser feito.

Reenviando o futuro da comunicação Acadêmica, Chris Hartgerink (Universidade de Tilburg, Países Baixos)

  1. Re-envisioning a Future of Scholarly Communication, Chris Hartgerink (Tilburg University, Netherlands)
  2. Towards Open Science: China’s Scientific Research and Libraries, Xiang Yang Huang (National Science Library, Chinese Academy of Sciences, China), Yan Zhao (National Science Library, Chinese Academy of Science, China), Dong Rong Zhang (National Science Library, Chinese Academy of Science, China), Jing Yu Liu (National Science Library, Chinese Academy of Science, China), Cen Zhang (National Science Library, Chinese Academy of Science)
  3. What it Takes to Make ‘Open’ the Default, Vanessa Proudman Monen (SPARC Europe, Netherlands)
  4. The Mining “Revolution”; Are Libraries Supporting Researchers or Publishers?, Peter Murray-Rust (ContentMine, United Kingdom)
  5. Altruism as the Founding Pillar for Open Monograph Publishing in the Global South, Reggie Raju (University of Cape Town, South Africa)

Durante o WLIC, o Comitê também se reunirá em duas reuniões de negócios:

Reunião de negócios I, CLM, sábado, 19 de agosto, 12:30 – 14:30, sala de conferência D (sessão 037)

Business Meeting II, CLM, quinta-feira, 24 de agosto, 13:30 – 16:00, sala de conferência A (sessão 236)

*No programa do evento consta 23/08 como data da sessão 184.

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Traduzido da notícia original em inglês Copyright and Other Legal Matters at the World Library and Information Congress (WLIC), acessada em 21/08/2017.