Tese “O escritório de comunicação científica como perspectiva de atuação para bibliotecas universitárias brasileiras”

Informo que minha tese, intitulada “O escritório de comunicação científica como perspectiva de atuação para bibliotecas universitárias brasileiras” e orientada pelo Prof. Dr. José Augusto Chaves Guimarães, está disponível para leitura e download no Repositório Institucional da UNESP no link https://repositorio.unesp.br/handle/11449/243319.

Fonte: Canva

Segue o resumo:

As mudanças ocorridas na comunicação científica nos últimos anos afetaram as atividades dos pesquisadores de forma que se torna necessário a existência de um serviço que ofereça apoio para a realização de seus fazeres acadêmicos. O escritório de comunicação científica apresenta-se como o serviço adequado para oferecer esse apoio, visto estar alocado na biblioteca universitária e, por isso, ter condições de desenvolver produtos e serviços condizentes com as necessidades dos pesquisadores. O escritório é um serviço existente nas universidades estrangeiras, porém, não existe uma estrutura similar nas universidades brasileiras. Diante disso, o problema de pesquisa é expresso na seguinte questão: como as bibliotecas universitárias brasileiras podem atuar na comunicação científica por meio da oferta de produtos e serviços voltados à comunidade acadêmica, tendo no escritório de comunicação científica uma perspectiva de atuação? Essa questão conduziu à seguinte hipótese: as bibliotecas universitárias brasileiras oferecem produtos e serviços relacionados à comunicação científica de maneira pulverizada por diferentes setores. Definiu-se como objetivo geral apresentar o escritório de comunicação científica como perspectiva de atuação das bibliotecas universitárias brasileiras e como objetivos específicos i) traçar um panorama dos produtos e serviços dos escritórios de comunicação científica das mais significativas bibliotecas universitárias em âmbito mundial; ii) identificar e realizar uma análise comparativa no âmbito brasileiro dos produtos e serviços de comunicação científica oferecidos por bibliotecas universitárias brasileiras de modo a que se possa formular recomendações metodológicas para o desenvolvimento de escritórios de comunicação científica nessas instituições. Para isso, adotou-se uma metodologia de coleta de dados, baseada na seleção de uma amostra de bibliotecas universitárias estrangeiras e brasileiras em quatro rankings universitários internacionais, e uma metodologia de análise de dados, a qual utilizou a análise de conteúdo com definição categorial a posteriori. Foram definidas oito categorias de conteúdo (acesso aberto, direitos autorais, gestão de dados de pesquisa, identificadores de autor, impacto da pesquisa, métricas, publicação e repositórios) e, a partir delas, verificou-se a predominância das categorias “direitos autorais”, “acesso aberto” e “publicação”, com 61, 52 e 38 itens, respectivamente, nos escritórios estrangeiros, e a predominância da categoria “publicação” com 18 itens nas bibliotecas universitárias brasileiras. Os conteúdos dos sites dos escritórios estrangeiros forneceram elementos para balizar a criação de um escritório semelhante nas bibliotecas universitárias brasileiras, que possuem profissionais devidamente capacitados para tal e que poderão consolidar e aumentar a visibilidade científica dos pesquisadores e suas respectivas universidades.

Palavras-chave: Biblioteca universitária. Comunicação científica. Escritório de Comunicação Científica.

Agradeço a todos que participaram dessa jornada!

Copyright literacy and LIS education: analysis of its inclusion in the curricula of master’s dregree programs

Foi publicado no Journal of Academic Librarianship (v. 46, n. 2, março 2020) o artigo Copyright literacy and LIS education: analysis of its inclusion in the curricula of master’s degree programs, de autoria de Juan Carlos Fernández-Molina, Daniel Martínez-Ávila, José Augusto Chaves Guimarães (meu orientador de doutorado) e Eduardo Graziosi Silva.

A versão em acesso aberto está disponível no link https://doi.org/10.1016/j.heliyon.2021.e08707. Fique à vontade para ler e compartilhar com seus pares.

Segue o abstract:

The close relationship between copyright laws and the development of library activities has become more intense and complex in recent years due to the impact of the digital setting. For this reason, librarians must have adequate knowledge about copyright, whether it be to carry out their own functions and tasks, or to help co-workers and users as efficiently as possible. The aim of the present paper is to determine the type of copyright instruction offered, plus its focus and depth, to students of master’s programs in library and information studies at today’s outstanding universities in this field. The results show that very few LIS programs provide the minimal training required for professionals to be copyright literate. Very few courses are dedicated specifically to copyright issues, as these subjects are usually studied in an excessively generic and superficial manner within broader courses dedicated to information policy, information ethics, or legal issues regarding information. If we also bear in mind that most of these courses are elective, not required, the conclusion is that very few LIS graduates attain the minimal instruction required. The best results are obtained by US and Canadian universities accredited by the American Library Association (ALA), since copyright issues are included in the list of core competences required to achieve accreditation. The solution to this problem may lie in two complementary approaches. One would be to follow the ALA model and the IFLA recommendation and include copyright contents in the LIS curricula worldwide, and the other would be to provide institutional support for those professionals interested in obtaining the required training.