Publicação do livro “Sob a lente da Ciência Aberta: Olhares de Portugal, Espanha e Brasil”

Livros
Fonte: Pexels (Pixabay)

Foi publicado o livro Sob a lente da Ciência Aberta: Olhares de Portugal, Espanha e Brasil, organizado por Maria Manuel Borges e Elias Sanz-Casado. Ele está disponível para download gratuito no site da Editora da Universidade de Coimbra.

Tive o prazer de publicar um capítulo com os Professores Juan-Carlos Fernández-Molina e Daniel Martínez-Ávila intitulado Ciencia abierta y derechos de autor: servicios proporcionados por la biblioteca universitaria.

Segue o resumo do capítulo:

Las dudas sobre los derechos de autor y su impacto sobre las posibilidades de uso de los artículos científicos o los trabajos de postgrado han crecido sobremanera. Además, como demuestran diversos estudios, lo habitual es que ni profesores ni estudiantes tengan los conocimientos mínimos para responder a estas dudas, lo que no solo provoca infracciones de los derechos, sino también la negativa a participar en las actividades de ciencia abierta por temor a tener problemas legales. Ante esta situación, algunas bibliotecas universitarias están asumiendo un nuevo papel formando, apoyando y asesorando a sus usuarios en esta materia, para lo que han creado unas unidades o secciones específicas: las oficinas de derechos de autor y/o comunicación científica. Este trabajo analiza las posibilidades de las bibliotecas universitarias para contribuir a un adecuado desarrollo de la ciencia abierta mediante el apoyo y asesoramiento a sus usuarios en las cuestiones de derechos de autor y comunicación científica.

Palabras clave. Derechos de autor, bibliotecas universitarias, ciencia abierta, oficina de derecho de autor, oficina de comunicación científica.

Além da publicação, os organizadores realizarão webinars com os autores para apresentação de seus respectivos capítulos. Nossa apresentação já aconteceu, mas você pode acompanhar a divulgação dos próximos webinars no site da Universidade de Coimbra.

Boa leitura!

UNESCO mobiliza 122 países para promover ciência aberta e cooperação para enfrentar à COVID-19

A UNESCO organizou uma reunião online no final de março entre representantes de 122 países com objetivo de realizar intercâmbio sobre o papel da cooperação internacional em ciência e o aumento dos investimentos no contexto da COVID-19.

A questão-chave relativa à ciência aberta foi o principal tópico de discussão.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, pediu aos governos que reforcem a cooperação científica e integrem a ciência aberta em seus programas de pesquisa, para prevenir e mitigar crises mundiais.

Foto: UNESCO

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) organizou uma reunião online no final de março entre representantes de 122 países com objetivo de realizar intercâmbio sobre o papel da cooperação internacional em ciência e o aumento dos investimentos no contexto da COVID-19. A questão-chave relativa à ciência aberta, pela qual a UNESCO tem trabalhado na elaboração de uma Recomendação Internacional desde novembro de 2019, foi o principal tópico de discussão.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, pediu aos governos que reforcem a cooperação científica e integrem a ciência aberta em seus programas de pesquisa, para prevenir e mitigar crises mundiais. “A pandemia da COVID-19 fez com que nós tomássemos consciência sobre a importância da ciência, tanto na pesquisa como na cooperação internacional. A crise atual também demonstra a urgência de se intensificar o compartilhamento de informações por meio da ciência aberta. Chegou a hora de nos comprometermos todos”, afirmou a diretora-geral da UNESCO.

Entre os participantes da reunião estavam 77 ministros, inclusive o ministro brasileiro, Marcos Cesar Pontes, bem como secretários governamentais representando um total de 122 países. A reunião também contou com a presença de Mariya Gabriel, comissária europeia para Inovação, Pesquisa, Cultura, Educação e Juventude; Sarah Anyang Agbor, comissária da União Africana (UA) para Recursos Humanos, Ciência e Tecnologia; Moisés Omar Halleslevens Acevedo, ex-vice-presidente da Nicarágua; e a dra. Soumya Swaminathan, cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), dra. Soumya Swaminathan, a colaboração é fundamental para o compartilhamento do conhecimento e dos dados, bem como para o avanço da pesquisa sobre a COVID-19. “Em uma época em que barreiras comerciais e de transporte impedem o movimento de materiais essenciais, é importante destacar que a ciência deve liderar a resposta global a esta pandemia”, explicou a cientista-chefe da OMS.

A representante da União Africana (UA), sra. Anyang Agbor, reforçou que a África necessita de uma iniciativa de pesquisa mais forte, que mobilize as universidades, bem como os setores público e privado. “No final de 2019, a UA reconheceu a ciência aberta como um divisor de águas no combate às desigualdades”, afirmou a representante da UA.

A comunidade científica internacional tem se mobilizado há várias semanas em torno da emergência da COVID-19, sobretudo no compartilhamento e na disponibilização universal dos resultados de pesquisas, assim como na reformulação sem precedentes de seus métodos de trabalho. Os principais periódicos científicos, por exemplo, tornaram acessíveis todos os conteúdos referentes ao vírus e mais de mil artigos de pesquisa foram publicados com acesso aberto em resposta ao apelo da OMS. Além disso, em poucos dias foram estabelecidos consórcios internacionais de pesquisa para permitir o rápido progresso, incluindo o sequenciamento do DNA do vírus.

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação do Brasil, Marcos Pontes, reforçou: “Todos nós dependemos da ciência para sobreviver”.

No que diz respeito à ciência aberta, a agenda da reunião incluiu:
– A partilha de informações, medidas de apoio à pesquisa científica e a redução da lacuna de conhecimento entre os países.
– A mobilização de tomadores de decisão, pesquisadores, inovadores, editores e sociedade civil para permitir o livre acesso a dados científicos, resultados de pesquisas, recursos educacionais e instalações de pesquisa.
– O reforço dos vínculos entre as decisões científicas e as políticas, para atender às necessidades da sociedade.
– A abertura da ciência para a sociedade enquanto as fronteiras estiverem fechadas.

Disponível em: https://nacoesunidas.org/unesco-mobiliza-122-paises-para-promover-ciencia-aberta-e-cooperacao-para-enfrentar-a-covid-19/. Acesso em: 11 abr. 2020.