Para um plano nacional de cultura aberta, educação aberta e saúde aberta

A crise de saúde do coronavírus nos obriga a reavaliar o que é fundamental para nossas sociedades. As pessoas essenciais são muitas vezes aquelas que são invisíveis e até pouco valorizadas socialmente em tempos normais. Todos os modos de produção são reorganizados, assim como nossas formas de interação social, derrubadas pelo confinamento.

Neste momento de crise, estamos redescobrindo de maneira aguda a importância do acesso ao conhecimento e à cultura. E observamos, com ainda mais evidências, as grandes desigualdades existentes entre a população no acesso ao conhecimento. A Internet, que às vezes parece nada mais que uma ferramenta para distração e vigilância em massa, encontra novamente uma função de fonte de conhecimento ativa e viva. Uma biblioteca de mídia universal, onde o compartilhamento e a criação coletiva de conhecimento ocorrem no mesmo movimento.

Diante dessa situação excepcional, instituições culturais ou de pesquisa, às vezes unidas por empresas privadas, optam por abrir seu conteúdo mais amplamente. Assim, pudemos ver os editores dando acesso on-line direto a parte dos livros em seu catálogo. Na França, várias associações de bibliotecas e instituições de pesquisa solicitaram aos editores científicos que divulgassem todas as revistas que distribuem para incentivar a circulação de conhecimento e pesquisa, tanto quanto possível. Nos Estados Unidos, a ONG Internet Archive anunciou o lançamento de uma Biblioteca Nacional de Emergência, livre de todas as limitações usuais, o que disponibiliza 1,4 milhão de obras digitalizadas para empréstimos digitais.

O texto Pour un plan national pour la culture ouverte, l’éducation ouverte et la santé ouverte pode ser lido na íntegra no Framablog.